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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Lavando a alma



Hoje resolvi trocar a roupa da alma!
Mandei lavar, passar e até quem sabe engomar...
Acendi a candeia de cabeceira e deixei a poesia entrar,
Sim essa mesma que berra quando finjo que não a ouço...
Eu sei de todo o blá blá que envolve minha mente, mas e o coração?
O que faço com ele?
Afogo no tanque ou aqueço no forno???
Não me fale para leva-lo em banho-maria, isso não!
Ou dou asas aos sonhos do meu coração, ou razão ao meu louco cérebro!
Sou daquelas que tem alma nas veias que correm o sangue e poemas no lugar de sensatez.
Sou destemida e errante, uma romântica alma perigosa que tem mania de se ferir apenas para apreciar o sangue escarlate que corre em minhas veias.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Notas imprecisas



Quando ar ficou rarefeito, pude notar nas notas tocadas imprecisas pelas mãos tremidas do harpista a nossa canção.
Cantada a muitos entendida apenas por nós dois...
Pobre homem, entoava a melodia onde o meu e o seu nome se entrelaçam e se perdem num choroso lamurio de notas em dó...
Tudo proposital e bem medido, separados por mesas postas como num jogo de xadrez, 
onde os peões avançam e a rainha é protegida.
Não sei se é o vinho, a música ou o perfume bandido no ambiente, 
mas ousaria neste momento ir até você !
Faço menção, mas a melodia termina e o pobre diabo canta agora outra canção.
Fatos e acasos de um relógio de ponteiro atrasado, 
talvez não hoje, não agora, mas mesmo um relógio parado está certo de vez quando
e vinho,  música e o perfume pode se encontrar outra vez.
Num xeque mate ou no reposicionamento das mesas deste maldito bar da vida...


Luna Araujo

sábado, 30 de novembro de 2013

Onde dorme o lobo


Lá onde dorme o lobo, caminhei cautelosa...
Passo a passo, 
Senti medo não nego,
Senti um arrepio...
Lá onde dorme o lobo, eu quis ir, quis toca-lo...
Passo a passo, 
Pé ante pé,
Coragem me faltava...
O cheiro do lobo me enebriava, 
Transformava o medo em conquista,  
Lá onde dorme o lobo, me ajoelhei...
Nossos olhares se encontraram,
E eu o entendia,
Ele me entendia,
Então pude toca-lo, e beija-lo...

Luna Araujo


domingo, 24 de novembro de 2013

Tequila


A poética sem fonética, do ardor adorador.
Do tal trono te entono, feios versos encantador.
Das torturas intra-venenosa aplicadas com amor.
Nada vale o preço pago por este estágio enlouquecedor.
Trago agora a realidade da fuga desesperada,
Foi o auge da música na vitrola meio quebrada.
Que deixou minha mente vagamente perturbada.
E a tequila quente que bebi de madrugada. 

Luna Araujo



Inesperado

Sem pensar na razão, foi nesse sublime momento que ela se atirou do penhasco para os braços do inesperado, mergulhando no profundo no lago escuro das possibilidades, deixou-se molhar e foi levada pela correnteza.
O corpo leve e a alma que embriagada pela magia do ato corajoso e furtivo jogou-a nos braços da vida de outrora.
Sim ela estava revigorada, e como agradecimento apenas sorriu de todo coração.

Luna Araujo


domingo, 10 de novembro de 2013

Sentido Ilusório


Quando alguém te rouba de você mesma,
a essência deste invade sua alma e você se vê rendida, 
completamente e involuntariamente rendida... 
Sentidos ilusórios de uma metonímia radical e delicada,
O que antes não se via, faz sentido agora!
Completa todas as frases inacabadas que tomava horas e horas a decifrar antes de dormir. 
Sim, a uva do vinho que antes você só sentia o álcool, 
o chocolate amargo depois de uma refeição que antes apenas sobremesa, 
agora perfeição de equilíbrio de sabor...
A chuva irritante que caia, hoje se vê necessária e linda.
Loucura tudo isso não faz sentido algum você vai me dizer.
Eu até entendo...
Mas o que posso fazer para lhe convencer é não te convencer. 
Apenas te segredar algo: 
APAIXONE-SE... 
Depois releia...,
Acenda seu cigarro, beba seu vinho, coma seu chocolate amargo diante da chuva que cai lá fora, esplendorosamente...   

Luna Araujo


Metade


Errado daquele que acha que sou metade,   
Que posso ser verso sem prosa,   
Canto sem melodia,   
Minha alma não é algo que se possa lapidar,   
Sou diamante bruto,   
Pedra que se acha pelo chão,   
Vim nua e crua para esse mundo onde os mortais acham que respostas prontas fazem mais sentido do que Shakespeare...   
Ah não, não faz !   
Sou amor e fel num único gole,   
Veneno e cura num comprido colorido...   
Sou a essência do delírio,   
Sou a paz após a guerra,   
Sou anjo e fera,   
O sol e a lua,   
Sou elo e ela.

Luna Araujo

Para ouvir: