sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Melodia


Quase sem querer esbarrei minha poesia na sua, e hoje a rima só encaixa com o som da tua gaita.
Ah como ousas invadir todos meus sonhos e me tocar a alma?
Agora ando colorindo tudo que eu achava normal ser sem cor, sem brilho ou teor.
Tens ideia do mar de sensações que me provoca com teu sorriso largo e quando repousa teus olhos no meu?
Então danço,
Danço,
Danço,
E Danço...
Assim sem música, sem som , quase por encanto danço,
Apenas no timbre de tua voz quando diz que é a mim que amas sem inicio e fim.

Luna

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

SORRISO

Ela era assim, solta, livre, como um sorriso...
Sim um sorriso!
Há algo mais natural que um sorriso?
Sorrisos não se forçam, se ganham...
E ela era assim, um sorriso lindo daqueles que me roubam o fôlego e me distrai apaixonadamente.


Luna Araujo

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Poesia Urbana



Não, não, não e não!
Não voltarei mais a molhar minhas sapatilhas nas lamas fétidas dos barzinhos de quinta desta cidade maravilhosa...
Não farei a vontade de tolos nem de todos!
Agora o que prevalece é o meu bem querer...
Sim esse sim, que sempre gritou e por vezes não dei ouvidos.
Chega da barganha furada que não se ganha nada além de mais feridas pelo corpo, não esse o milenar...
Aquele que só vimos quando é de nosso interesse!
Não se preocupe, não virei nenhuma fanática de terço na mão que procura crucificar aqueles que desejam passear em outros bosques, jamais faria isso.
Ainda mais que foram algumas vezes até divertido brincar na lama!
Oh se foi..
Mas tudo que é demais enjoa, ainda mais doces amargos de venenos translúcidos.
São como poesias urbanas guardadas em caixa de prata, de nada servem, de nada vale!
É de fato por instantes até querer elas para si, mas depois de lidas e relidas voltam para bela caixa pois lá devem ser o lugares delas.
Escuro do abismo total.
E quanto a mim, saio da lama de salto agulha enfim!

Luna Araujo
14/05/2014

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Lavando a alma



Hoje resolvi trocar a roupa da alma!
Mandei lavar, passar e até quem sabe engomar...
Acendi a candeia de cabeceira e deixei a poesia entrar,
Sim essa mesma que berra quando finjo que não a ouço...
Eu sei de todo o blá blá que envolve minha mente, mas e o coração?
O que faço com ele?
Afogo no tanque ou aqueço no forno???
Não me fale para leva-lo em banho-maria, isso não!
Ou dou asas aos sonhos do meu coração, ou razão ao meu louco cérebro!
Sou daquelas que tem alma nas veias que correm o sangue e poemas no lugar de sensatez.
Sou destemida e errante, uma romântica alma perigosa que tem mania de se ferir apenas para apreciar o sangue escarlate que corre em minhas veias.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

O que tem no caldeirão da bruxa ?



O que tem no caldeirão da bruxa?
Tem olhos de sapo e línguas de salamandra,
Pó de fada e  penas brancas,
Tem chifre de bode e pernas de grilo,
Lágrimas de duende e unhas de crocodilo !
O que tem no caldeirão da bruxa menininha !!!
Na verdade não é nada disso,
Tem melodias,
Tem versinhos,
Tem rimas, poesias e beijinhos...
Luna Araujo
https://soundcloud.com/alma-das-rosas/o-que-tem-no-caldeirao-da-bruxa

terça-feira, 18 de março de 2014

De quem é a culpa?


Como culpar o vento pela desordem feita se fui eu que esqueci a janela aberta?
Deixei as probabilidades da minha irresponsabilidade tomar conta de tudo a minha volta.
Sou eu a verdadeira desordeira do caos, não há como negar...
Escolhi deixar o acaso tomar conta de mim,
Ilusões criadas e organizadas de forma desconexa e simples pela minha mente insana.
Que por falta de emoção do cotidiano, não tinha ideia da invasão do vento perfumado que bagunçaria minha calma e serena vidinha.
E agora o que fazer depois que o vento se vai?
Abro novamente a janela a espera que retorne.
Abro a janela na esperança que sinta saudades.
Abro a janela para que volte me bagunçar.
Abro a janela e espero o caos, o perfume, e o som.
Então, abro a janela...

Luna Araujo

domingo, 9 de março de 2014

Olhos e Olhares


Foi pelos olhos que me apaixonei perdidamente,
Foi pelo olhar que vi minha alma na sua como um único sopro divino,
O piscar de cada flash de olhar,
O piscar leve de seus lindos olhos ,
A cada piscar me via em você,
A cada piscar te via em mim,
Emaranhados nas teias que tecem os deuses da vida,
No tear ruidoso da senhora,
No tear da velha ama que conta suas histórias de outros tempos,
Outras preces, outros cantos, outros momentos e encantos.
Páginas escritas de um livro que jamais será lido,
Conto que a velha nunca contará,
História de uma bruxa que ousou tocar o céu e as estrelas,
Aquela que mergulhou no profundo olhar,
Senhora de uma canção que o tempo leva,
E que nunca poderá levar,
A voz que se mistura aos uivos da floresta densa,
O canto que entrelaça ao sussurro das árvores  que pede a mãe em voz tremula e tensa:
Só mais um dia, só mais uma hora, só mais um momento, só mais uma história....

Luna Araujo