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quarta-feira, 7 de maio de 2014

O que tem no caldeirão da bruxa ?



O que tem no caldeirão da bruxa?
Tem olhos de sapo e línguas de salamandra,
Pó de fada e  penas brancas,
Tem chifre de bode e pernas de grilo,
Lágrimas de duende e unhas de crocodilo !
O que tem no caldeirão da bruxa menininha !!!
Na verdade não é nada disso,
Tem melodias,
Tem versinhos,
Tem rimas, poesias e beijinhos...
Luna Araujo
https://soundcloud.com/alma-das-rosas/o-que-tem-no-caldeirao-da-bruxa

terça-feira, 18 de março de 2014

De quem é a culpa?


Como culpar o vento pela desordem feita se fui eu que esqueci a janela aberta?
Deixei as probabilidades da minha irresponsabilidade tomar conta de tudo a minha volta.
Sou eu a verdadeira desordeira do caos, não há como negar...
Escolhi deixar o acaso tomar conta de mim,
Ilusões criadas e organizadas de forma desconexa e simples pela minha mente insana.
Que por falta de emoção do cotidiano, não tinha ideia da invasão do vento perfumado que bagunçaria minha calma e serena vidinha.
E agora o que fazer depois que o vento se vai?
Abro novamente a janela a espera que retorne.
Abro a janela na esperança que sinta saudades.
Abro a janela para que volte me bagunçar.
Abro a janela e espero o caos, o perfume, e o som.
Então, abro a janela...

Luna Araujo

domingo, 9 de março de 2014

Olhos e Olhares


Foi pelos olhos que me apaixonei perdidamente,
Foi pelo olhar que vi minha alma na sua como um único sopro divino,
O piscar de cada flash de olhar,
O piscar leve de seus lindos olhos ,
A cada piscar me via em você,
A cada piscar te via em mim,
Emaranhados nas teias que tecem os deuses da vida,
No tear ruidoso da senhora,
No tear da velha ama que conta suas histórias de outros tempos,
Outras preces, outros cantos, outros momentos e encantos.
Páginas escritas de um livro que jamais será lido,
Conto que a velha nunca contará,
História de uma bruxa que ousou tocar o céu e as estrelas,
Aquela que mergulhou no profundo olhar,
Senhora de uma canção que o tempo leva,
E que nunca poderá levar,
A voz que se mistura aos uivos da floresta densa,
O canto que entrelaça ao sussurro das árvores  que pede a mãe em voz tremula e tensa:
Só mais um dia, só mais uma hora, só mais um momento, só mais uma história....

Luna Araujo




Todo mundo quer


Todo mundo quer...
Alguém que se importe,
Alguém que te veja e te note.
Um alguém para estar aqui e ali,
Pra construir e enfeitar,
Um alguém que te faça somar,
Mas um alguém com quem você também possa dividir,
Um sorriso, uma piada, uma casquinha de baunilha com flocos de chocolate.
Alguém que te relaxe e com ele relaxar,
Um alguém que faça poesias,
Com rimas ou sem rimar,
Alguém que te encante sem desafinar,
Assim no seu tom,
Alguém que entoe canções berrando ou sussurrando do jeito que toque seu coração,
Todo mundo quer valer a pena,
Abrir os olhos e se ver serena,
Em olhos que te veem.

Luna Araujo

Com o que você rima?



E eu que achava que a unica que não rimava era eu,
Todas com suas melodias escolhidas combinando com seu teor, 
Tantas caixinhas de músicas com suas bailarinas e eu nem sapatilhas tinha,
Outras com suas belas e coloridas asinhas e eu sem poder sair se quer do chão,
Algumas com seus belos vestidos e suas coroas brilhantes e eu com essas vestes simples e descalça, Olhando pra mim vi que não combinava, ser princesa, fadinha ou bailarina,
 Era eu uma menina que jamais rimaria?
 Dai olhei pra lua e ela me disse:
 - Olhe-se bem mocinha e descubra seu elemental ora puxa! 
Olhando pra lua entendi que eu nasci para ser bruxa.

Luna Araujo

     

sexta-feira, 7 de março de 2014

Me Ver


Fecho os olhos para poder me ver,
Sim me ver,
Me ver em nosso mundo de arco-iris pintados com a coleção de cores mais especial que os anjos poderiam nos ofertar.
Me ver em verso,
Me ver de perto sem me culpar,
Me ver aqui e assim,
Me ver em seus olhos sorrindo para mim,
Me ver tagarela a contar histórias de aventuras,
Me ver dançando nua,
Me ver tomando café ou escrevendo minhas rimas,
Me ver descalça, descabelada e sendo sua,
Me ver em e êxtase,
Me ver pura,
Me ver em você enquanto está em mim,
Fecho os olhos para me ver,
Sim me ver,
Me ver assim...


Luna Araujo

Demônia



Tinha perfeição em tudo que fazia, não era a toa que quando passava entre aqueles que a observavam despertava mais do que sentimentos de desejo.
Não, não mesmo.
Era mais que isso, era mais que um simples " Te quero"
Praticamente impossível não se render ao redemoinho dos seus olhos, e se entorpecer nos lábios cor de carmim enquanto simplesmente os apertava distraidamente.
Loucos os que se atreviam ultrapassar das barreiras criadas por aquela que denomino como demônia.
Isso no mais simples das palavras meu caro!
Pois se atrever ir até ela, não era coisa pouca.
Conheço alguns que saíram loucos depois que tiveram a oportunidade de vinte minutos de sua companhia.
Sim, me agrada muito relatar isso.
Claro que todos sobreviveram, porém seus sonhos nunca mais foram os mesmos.

Luna Araujo

Quem sou eu.


Sou um pedacinho de papel,
Com algumas letras rabiscadas
Sou uma estrelinha no céu,
Como pinturas lampassadas.


Sou menina
Sou mulher
Que serei eu agora?
Sou quem você quer
Sou sua simplesmente
Simplesmente sua aurora

Sou poeta
Sou guerreira
Armada de lápis e papel
Escrevendo as derradeiras
Meus sentimentos em carrossel

Por mais simples que possa
Realmente parecer
Sou apenas poeta
Que nem mesmo sabe escrever!


Luna Araujo


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Seu sorriso



O riso bobo e despretensioso que surgia de seus lábios era realmente incontrolável,

Posso comparar ao sol ou a lua que precisa despontar no céu independente da vontade dos seres humanos.

Sim ela poetizava coisas do coração...
Os olhos negros e profundos cantavam uma melodia sublime que qualquer um podia ver, 

mesmo que não a entendessem, mesmo que não a conhecessem era impossível se manter longe daquele sorriso poético.

E eu, ah eu me mantive ali profundamente perdido nos olhos cor de noite sem estrelas enamorado por sua melodia.

Luna Araujo

Notas imprecisas



Quando ar ficou rarefeito, pude notar nas notas tocadas imprecisas pelas mãos tremidas do harpista a nossa canção.
Cantada a muitos entendida apenas por nós dois...
Pobre homem, entoava a melodia onde o meu e o seu nome se entrelaçam e se perdem num choroso lamurio de notas em dó...
Tudo proposital e bem medido, separados por mesas postas como num jogo de xadrez, 
onde os peões avançam e a rainha é protegida.
Não sei se é o vinho, a música ou o perfume bandido no ambiente, 
mas ousaria neste momento ir até você !
Faço menção, mas a melodia termina e o pobre diabo canta agora outra canção.
Fatos e acasos de um relógio de ponteiro atrasado, 
talvez não hoje, não agora, mas mesmo um relógio parado está certo de vez quando
e vinho,  música e o perfume pode se encontrar outra vez.
Num xeque mate ou no reposicionamento das mesas deste maldito bar da vida...


Luna Araujo

domingo, 24 de novembro de 2013

Tequila


A poética sem fonética, do ardor adorador.
Do tal trono te entono, feios versos encantador.
Das torturas intra-venenosa aplicadas com amor.
Nada vale o preço pago por este estágio enlouquecedor.
Trago agora a realidade da fuga desesperada,
Foi o auge da música na vitrola meio quebrada.
Que deixou minha mente vagamente perturbada.
E a tequila quente que bebi de madrugada. 

Luna Araujo



Inesperado

Sem pensar na razão, foi nesse sublime momento que ela se atirou do penhasco para os braços do inesperado, mergulhando no profundo no lago escuro das possibilidades, deixou-se molhar e foi levada pela correnteza.
O corpo leve e a alma que embriagada pela magia do ato corajoso e furtivo jogou-a nos braços da vida de outrora.
Sim ela estava revigorada, e como agradecimento apenas sorriu de todo coração.

Luna Araujo


Pétalas


A poesia que magnifica, constrói e destrói rimas, em absoluto ou parte dela.
Apenas para transparecer a alma gasta de uma flor nos castelos da vida, sorrindo para o sol mas aguardando a chuva.
E de guarda-chuva, pois mesmo desejando tem medo da água pura molhando seu corpo e tendo tudo o que sempre queria !
Abra agora suas pétalas e veja não há busca, apenas uma decisão a tomar você quer ou não se molhar ?

Luna Araujo

sábado, 23 de novembro de 2013

Saudade e solidão





Ele resolveu que partiria,
E eu resolvi não chorar,
Deixei-o ir,
Sem nenhuma lágrima derramar,
Ele achou que eu não o amava,
Eu achei que ele não me queria,
Palavras não ditas,
Sentimentos numa garrafa de tequila barata,
Nosso bosque hoje não tem ninguém,
Mora a saudade de outrora,
Do tempo que os olhos entendiam a alma,
Antes a luz iluminava o Amor e a Paixão,
E agora o poste ilumina a Saudade e a Solidão...

Luna Araujo